Um despertar encantador ao som de pássaros na janela, clima agradável, café da manhã com direito a mesa cheia de gostosuras, companhias importantes, despedidas carinhosas para iniciar mais um dia em sua jornada profissional, sendo ela fora ou dentro de casa. Essa é a visão que temos da perfeição, de felicidade, muitas vezes mascarando dores, sofrimentos, necessidades, enfim, sempre em busca de um olhar de provação da sociedade.
Muitas vezes nos dispersamos tanto em nossos interiores, que esquecemos de olhar os exteriores, não nos dando conta do implorar de afeto de um filho, de um pedido de atenção de nossos companheiros e amigos ou até mesmo um pedido de ajuda de um conhecido.
Vivemos intensamente em busca de nossos sonhos, objetivos e somos muitas vezes freados por notícias que nos abalam, sejam elas como o diagnóstico de uma doença grave de um familiar ou conhecido ou até mesmo uma partida inesperada, ou esperada e provavelmente não paramos para observar ou nos darmos conta de que o tempo estava passando e com ela uma evolução terrível de sofrimento. Como dizia paralamas do sucessos “E são tantas marcas, que já fazem parte do que sou agora, mas ainda sei me virar”. Assim muitos vivem, presos em uma sociedade que valoriza a venda desenfreada de noticias negativas e pouco incentiva o comemorar de conquistas positivas, a propagação da empatia, o valor real do ser humano que não é visto. E quando nos damos conta disso? quando a empatia nos é negada? quando somos nós ou quem amamos necessitando de ajuda?
Talvez devêssemos dar uma pausa, observar em volta, seja na rua em que moramos, no trabalho, nos ambientes que frequentamos, identificar necessidades que muitas vezes para nossa realidade são pequenas, mas para quem está vivendo são gigantescas e devastadoras. Entender no amor que nos é ensinado em casa, na igreja, o poder e dever que temos em ajudar, não deixar passar a oportunidade e perceber o quanto poderia ter feito, ajudado ou oferecido uma palavra de orientação e conforto enquanto era tempo.
Vamos em busca de ser discípulos de amor, quando não há ninguém.